quarta-feira, 13 de setembro de 2017

II COLÓQUIO MAX WEBER


100 anos de “Ciência como vocação”



27 a 30 de Novembro de 2017



Auditório do bloco 5S - Campus Santa Mônica




O tema deste colóquio será a palestra proferida por Max Weber aos discentes da Associação de Estudantes Livres de Munique, em 07 de novembro de 1917, intitulada “Ciência como vocação”. Nesta conferência, Max Weber disserta sobre o problema das implicações irreversíveis do progresso científico para as decisões da vida prática cotidiana. 
A ciência é tratada inicialmente como uma forma de sabedoria, que tem significação prática e torna-se uma forma específica de vocação no mundo moderno que se erigiu sobre os seus fundamentos. Depois Weber examina as condições sociais do homem que lhe deu origem, e põe em questão quais as necessidades que podem ser satisfeitas por essa nova forma cognitiva e de quais necessidades orgânicas, sociais e intelectuais ela se desprendeu por completo. É nesse conjunto de problemas que se enquadra o tema da vocação. Não mais se trata de um apelo religioso ou de cunho intuitivo ou existencial, mas das condições concretas que convocam o homem para fazer face às tarefas de seu tempo histórico. Weber explora, portanto, essa incongruência insuperável entre os problemas aos quais gostaríamos que a ciência desse alguma solução e aqueles que ela se mostra efetivamente apta a resolver. E essa incongruência forma o momento mais tenso desse texto, porque ele mostra que questões últimas para a vida humana, que sempre foram objeto de investigação para a vida intelectual no ocidente e no oriente, agora se defrontam com uma ciência instituída oficialmente, reconhecida por sua metodologia, mas que, paradoxalmente, não mais reúne condições efetivas para respondê-las. 
O exame dessa obra, portanto, exige o olhar atento de especialistas de diversas áreas do saber. Uma das características marcantes desse evento é que ele é multidisciplinar e teria de sê-lo, uma vez que obra de Max Weber percorre diferentes áreas do saber. Por isso participam desse colóquio filósofos, historiadores, sociólogos, cientistas políticos e antropólogos. Na discussão de um autor como Weber, é indispensável a abertura para diferentes especialidades, que iluminem e atualizem diferentes facetas das suas contribuições para o campo das ciências humanas hoje.